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sábado, 17 de outubro de 2015

DICAS ENEM



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Artigos de "Dicas de Linguagens,Códigos e Redação para o Enem"

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

O triste fim de Policarpo Quaresma

https://www.youtube.com/watch?v=XBunLGscpig

Continuação questões comentadas...


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QUESTÃO 1490676      STATUS: Conferido     23971     Nº:RMA001
Nível:  EnemDisciplina:  Linguagens, Códigos e suas TecnologiasDificuldade:  2
CBC2 - Eixo:  III - A literatura brasileira e outras manifestações culturaisTema:  2 - Estilos de época na literatura brasileira e em outras manifestações culturais
Subtema:  Não temTópico:  39 - Barroco
Habilidade:  39.0 - Ler textos e obras representativos do Barroco brasileiro, produtiva e autonomamente.Detalhamento:  39.2 - Identificar, em textos literários do Barroco, marcas discursivas e ideológicas desse estilo de época e seus efeitos de sentido.
Enem - Eixo:  0 - HabilidadeTema:  0 - Não há
Subtema:  Não temTópico:  5 - Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização e estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção e recepção.
Habilidade:  H16 - Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário.Detalhamento:  H16 - Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário.
Enem - Eixo:  0 - Objeto de ConhecimentoTema:  0 - Não Há
Subtema:  Não temTópico:  0 - Não Há
Habilidade:  1.4 - Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social, concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos.Detalhamento:  1.4.7 - Articulações entre os recursos expressivos e estruturais do texto literário e o processo social relacionado ao momento de sua produção.
Adaptado: IA, 2015
 
À mesma D. Ângela

Anjo no nome, Angélica na cara!
Isso é ser flor, e Anjo juntamente:
Ser Angélica flor, e Anjo florente,
Em quem, senão em vós, se uniformara:

Quem vira uma tal flor, que a não cortara,
De verde pé, da rama fluorescente;
E quem um Anjo vira tão luzente,
Que por seu Deus o não idolatrara?

Se pois como Anjo sois dos meus altares,
Fôreis o meu Custódio, e a minha guarda,
Livrara eu de diabólicos azares.

Mas vejo, que por bela, e por galharda,
Posto que os Anjos nunca dão pesares,
Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.

Disponível em: http://goo.gl/1JjOKK. Acesso em: 15 abr. 2015 (adaptado).

Uma característica comum à literatura barroca manifesta-se nesse poema de Gregório de Matos quando a voz poética
A)
compara a amada a um elemento da natureza e a um ser divino, porém, se mostra angustiado pela tentação que representa seus desejos carnais.
B)
descreve a mulher como uma flor e, por amá-la tanto, manifesta que pretende tirar-lhe a vida ao anunciar que toda bela flor deve ser cortada.
C)
emprega a linguagem poética para criticar a visão teocêntrica da época, que é tão radical a ponto de impedi-lo de viver junto de sua amada.
D)
mostra arrependimento por desejar uma mulher e, por isso, idolatra e faz reverência a Deus na tentativa de redimir-se de sua culpa e receber o perdão.
E)
pede para que sua amada o livre do inferno, pois a literatura da época ressaltava o poder feminino e sua grande importância para a sociedade.

  1. * CORRETA. Uma das características da literatura barroca é essa angústia que o homem vive de não poder desfrutar dos prazeres e amores, pois isso o impediria de alcançar a salvação.
  2. INCORRETA. Quando o autor diz “Quem veria uma flor, que a não cortara/ De verde pé, de rama florescente?”, ele não tem a intenção de tirar a vida de sua amada, mas sim de querer tanto tê-la pra si, que a arranca do “verde pé de rama florescente.”
  3. INCORRETA. O conflito existente entre alma e corpo nas obras do período barroco não critica negativamente o aspecto teocêntrico da sociedade, mas sim mostra a dúvida que existe entre os indivíduos de se entregarem aos amores da vida ou viverem segundo os parâmetros da Igreja.
  4. INCORRETA. Quando faz menção à idolatria a Deus, o intento da voz poética é exemplificar que tendo Deus feito tão bonita a sua amada, não poderia deixar de idolatrá-la.
  5. INCORRETA. No período barroco, a mulher era retratada apenas como a amada na literatura. Não exercia papel importante na sociedade e, consequentemente, não tinha voz.



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QUESTÃO 1490722      STATUS: Conferido     23971     Nº:LAMARELO130/2014
Nível:  EnemDisciplina:  Linguagens, Códigos e suas TecnologiasDificuldade: 
Enem - Eixo:  0 - HabilidadeTema:  0 - Não há
Subtema:  Não temTópico:  6 - Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação.
Habilidade:  H20 - Reconhecer a importância do patrimônio linguístico para a preservação da memória e da identidade nacional.Detalhamento:  H20 - Reconhecer a importância do patrimônio linguístico para a preservação da memória e da identidade nacional.
Adaptado: Enem, 2014
 
          A forte presença de palavras indígenas e africanas e de termos trazidos pelos imigrantes a partir do século XIX é um dos traços que distinguem o português do Brasil e o português de Portugal. Mas, olhando para a história dos empréstimos que o português brasileiro recebeu de línguas europeias a partir do século XX, outra diferença também aparece: com a vinda ao Brasil da família real portuguesa (1808) e, particularmente, com a Independência, Portugal deixou de ser o intermediário obrigatório da assimilação desses empréstimos e, assim, Brasil e Portugal começaram a divergir, não só por terem sofrido influências diferentes, mas também pela maneira como reagiram a elas.

ILARI, R.; BASSO, R. O português da gente: a língua que estudamos, a língua que falamos. São Paulo: Contexto, 2006.

Os empréstimos linguísticos, recebidos de diversas línguas, são importantes na constituição do português do Brasil porque
A)
deixaram marcas da história vivida pela nação, como a colonização e a imigração.
B)
transformaram em um só idioma línguas diferentes, como as africanas, as indígenas e as europeias.
C)
promoveram uma língua acessível a falantes de origens distintas, como o africano, o indígena e o europeu.
D)
guardaram uma relação de identidade entre os falantes do português do Brasil e os do português de Portugal.
E)
tornaram a língua do Brasil mais complexa do que as línguas de outros países que também tiveram colonização portuguesa.

  1. * Segundo o texto, os elementos marcantes na formação do  português  do  Brasil  decorrem  da  colonização portuguesa, da presença africana e da  imigração a partir do século XIX.

    Disponível em: http://www.vestibular1.com.br/resultados/provas_enem.html. Acesso em: 16 jul. 2015.
  2. Não indicado.
  3. Não indicado.
  4. Não indicado.
  5. Não indicado.

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QUESTÃO 1490674      STATUS: Conferido     23971     Nº:RMA007
Nível:  EnemDisciplina:  Linguagens, Códigos e suas TecnologiasDificuldade:  2
CBC2 - Eixo:  III - A literatura brasileira e outras manifestações culturaisTema:  2 - Estilos de época na literatura brasileira e em outras manifestações culturais
Subtema:  Não temTópico:  40 - Arcadismo ou Neoclassicismo
Habilidade:  40.0 - Ler textos e obras representativos do Arcadismo brasileiro, produtiva e autonomamente.Detalhamento:  40.3 - Relacionar características discursivas e ideológicas de obras árcades ao contexto histórico de sua produção, circulação e recepção.
Enem - Eixo:  0 - HabilidadeTema:  0 - Não há
Subtema:  Não temTópico:  5 - Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização e estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção e recepção.
Habilidade:  H15 - Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do contexto histórico, social e político.Detalhamento:  H15 - Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do contexto histórico, social e político.
Enem - Eixo:  0 - Objeto de ConhecimentoTema:  0 - Não Há
Subtema:  Não temTópico:  0 - Não Há
Habilidade:  1.4 - Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social, concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos.Detalhamento:  1.4.1 - Produção literária e processo social.
Adaptado: IA, 2015
 
Cartas Chilenas
Tomás Antonio Gonzaga

CARTA 3.ª

Em que se contam as injustiças e violências que Fanfarrão executou por causa de uma cadeia, a que deu princípio.

Já disse, Doroteu, que o nosso chefe,
Apenas principia a governar-nos,
Nos pretende mostrar que tem um peito
Muito mais terno e brando, do que pedem
Os severos ofícios do seu cargo.
Agora, cuidarás, prezado amigo,
Que as chaves das cadeias já não abrem,
Comidas da ferrugem? Que as algemas,
Como trastes inúteis, se furtaram?
Que o torpe executor das graves penas
Liberdade ganhou? Que já não temos
Descalços guardiães, que à fonte levem,
Metidos nas correntes, os forçados?
Assim, prezado amigo, assim devia
Em Chile acontecer, se o nosso chefe
Tivesse, em governar, algum sistema.

Disponível em: http://goo.gl/UQO87m. Acesso em: 23 abr. 2015.

As Cartas Chilenas foram escritas por Tomás Antonio Gonzaga a fim de satirizar e criticar o governo de Minas Gerais. Nesse fragmento, Critilo narra a Doroteu acerca
A)
da construção da nova cadeia da cidade e como isso tornou-se importante para a população, embora a situação econômica de Vila Rica fosse desfavorável naquele momento.
B)
da maneira errônea com a qual o governador conduzia a administração do estado, uma vez que investir na construção da cadeia era desnecessário.
C)
da situação caótica em que Minas se encontrava, pois o governador só almejava criar cadeias, assim como estava acontecendo no Chile, já que ambos eram lugares muito perigosos.
D)
do calamitoso estado da cadeia da cidade, embora visse esperança para o governo, já que o período  histórico sofria grande influência de ideais iluministas.
E)
do mau governo de Fanfarrão, usando como evidência a cadeia, já que uma das características do período do Arcadismo é o descontentamento com a aristocracia.

  1. INCORRETA. A Carta 3.ª não menciona os benefícios da construção de uma cadeia para a cidade e, consequentemente, para a população.
  2. INCORRETA. Fanfarrão não se dedicou a construir uma cadeia, como confirma a Carta 3.ª. Diferente disso, ele colocou em liberdade o torpe executor, por governar com braço terno e brando.
  3. INCORRETA. Minas Gerais passava por grandes conflitos políticos, porém, não se pode comparar com o Chile, uma vez que o poeta apenas usava “Chile” como pseudônimo do estado em questão. Não havia relação direta entre os dois lugares.
  4. INCORRETA. Embora sofresse grande influência iluminista, Gonzaga não manifesta esperança na Carta. Ele apenas relata de forma satírica a situação da cidade.
  5. * CORRETA. “Fanfarrão” era o pseudônimo usado por Gonzaga para se referir ao governador mineiro (Luís da Cunha Meneses). Ele o satirizava a fim de criticar sua conduta como governante e esse era o principal intuito das Cartas Chilenas.

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QUESTÃO 1490702      STATUS: Conferido     23971     Nº:LROSA106/2011
Nível:  EnemDisciplina:  Linguagens, Códigos e suas TecnologiasDificuldade: 
Enem - Eixo:  0 - HabilidadeTema:  0 - Não há
Subtema:  Não temTópico:  7 - Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas.
Habilidade:  H24 - Reconhecer no texto estratégias argumentativas empregadas para o convencimento do público, tais como a intimidação, sedução, comoção, chantagem, entre outras.Detalhamento:  H24 - Reconhecer no texto estratégias argumentativas empregadas para o convencimento do público, tais como a intimidação, sedução, comoção, chantagem, entre outras.
Adaptado: Enem, 2011
 
          O tema da velhice foi objeto de estudo de brilhantes filósofos ao longo dos tempos. Um dos melhores livros sobre o assunto foi escrito pelo pensador e orador romano Cícero: A Arte do Envelhecimento. Cícero nota, primeiramente, que todas as idades têm seus encantos e suas dificuldades. E depois aponta para um paradoxo da humanidade. Todos sonhamos ter uma vida longa, o que significa viver muitos anos. Quando realizamos a meta, em vez de celebrar o feito, nos atiramos a um estado de melancolia e amargura. Ler as palavras de Cícero sobre envelhecimento pode ajudar a aceitar melhor a passagem do tempo.

NOGUEIRA, P. Saúde & Bem-Estar Antienvelhecimento. Época 25 abr. 2009.

O autor discute problemas relacionados ao envelhecimento, apresentando argumentos que levam a inferir que seu objetivo é
A)esclarecer que a velhice é inevitável.
B)contar fatos sobre a arte de envelhecer.
C)defender a ideia de que a velhice é desagradável.
D)influenciar o leitor para que lute contra o envelhecimento.
E)mostrar às pessoas que é possível aceitar, sem angústia, o envelhecimento.

  1. Não indicado.
  2. Não indicado.
  3. Não indicado.
  4. Não indicado.
  5. * O autor, ao comentar a obra mencionada de Cícero, mostra que é possível ver a chegada da velhice como uma  celebração das  realizações da  vida,  aliviando, assim,  o  estado  de melancolia  e  de  amargura  que envolve a senilidade.

    Disponível em: http://www.vestibular1.com.br/resultados/provas_enem.htm. Acesso em: 16 jul. 2015.

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QUESTÃO 1490718      STATUS: Conferido     23971     Nº:LAMARELO121/2014
Nível:  EnemDisciplina:  Linguagens, Códigos e suas TecnologiasDificuldade: 
Enem - Eixo:  0 - HabilidadeTema:  0 - Não há
Subtema:  Não temTópico:  9 - Entender os princípios, a natureza, a função e o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na sua vida pessoal e social, no desenvolvimento do conhecimento, associando-os aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhes dão suporte, às demais tecnologias, aos processos de produção e aos problemas que se propõem solucionar.
Habilidade:  H28 - Reconhecer a função e o impacto social das diferentes tecnologias da comunicação e informação.Detalhamento:  H28 - Reconhecer a função e o impacto social das diferentes tecnologias da comunicação e informação.
Adaptado: Enem, 2014
 

Disponível em: http://info.abril.com.br. Acesso em: 9 maio 2013 (adaptado).

O texto introduz uma reportagem a respeito do futuro da televisão, destacando que as tecnologias a ela incorporadas serão responsáveis por
A)estimular a substituição dos antigos aparelhos de TV.
B)contemplar os desejos individuais com recursos de ponta.
C)transformar a televisão no principal meio de acesso às redes sociais.
D)renovar técnicas de apresentação de programas e de captação de imagens.
E)minimizar a importância dessa ferramenta como meio de comunicação de massa.

  1. Não indicado.
  2. * A “televisão do futuro” permitiria, com seus novos recursos  tecnológicos,  “assistir  ao  que  você  quer, quando quer”.

    Disponível em: http://www.vestibular1.com.br/resultados/provas_enem.html. Acesso em: Acesso em: 16 jul. 2015.
  3. Não indicado.
  4. Não indicado.
  5. Não indicado


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QUESTÃO 1490582      STATUS: Aprovado     23971     Nº:CA002
Nível:  EnemDisciplina:  Linguagens, Códigos e suas TecnologiasDificuldade:  3
CBC1 - Eixo:  I - Compreensão e Produção de TextosTema:  1 - Gêneros
Subtema:  Não temTópico:  1 - Contexto de produção, circulação e recepção de textos
Habilidade:  1.0 - Considerar os contextos de produção, circulação e recepção de textos, na compreensão e na produção textual, produtiva e autonomamente.Detalhamento:  1.5 - Reconhecer semelhanças e diferenças de tratamento dado a um mesmo tópico discursivo em textos de diferentes gêneros.
Enem - Eixo:  0 - HabilidadeTema:  0 - Não há
Subtema:  Não temTópico:  1 - Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida.
Habilidade:  H1 - Identificar as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como elementos de caracterização dos sistemas de comunicação.Detalhamento:  H1 - Identificar as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como elementos de caracterização dos sistemas de comunicação.
Enem - Eixo:  0 - Objeto de ConhecimentoTema:  0 - Não Há
Subtema:  Não temTópico:  0 - Não Há
Habilidade:  1.1 - Estudo do texto: as sequências discursivas e os gêneros textuais no sistema de comunicação e informação.Detalhamento:  1.1.1 - Modos de organização da composição textual.
Adaptado: IA, 2015
 
TEXTO I
 
Música de trabalho
Legião Urbana

Sem trabalho eu não sou nada
Não tenho dignidade
Não sinto o meu valor
Não tenho identidade

Mas o que eu tenho
É só um emprego
E um salário miserável
Eu tenho o meu ofício
Que me cansa de verdade

Disponível em: http://goo.gl/d6ehMD. Acesso em: 2 jul. 2015.

TEXTO II                                                          

          emprego - 1. Ocupação ou trabalho assalariado em empresa pública ou privada; 2. Lugar em que se exerce essa atividade.

Disponível em: http://www.aulete.com.br/emprego#ixzz3el19qnTC. Acesso em: 2 jul. 2015 (adaptado).

          trabalho - 1. Emprego da força física ou intelectual para realizar alguma coisa; 2. Aplicação dessas forças como ocupação profissional; 3. Local onde isso se realiza.

Disponível em: http://www.aulete.com.br/trabalho#ixzz3el1vivft. Acesso em: 2 jul. 2015.

O primeiro texto apresenta as diferenças entre trabalho e emprego e qual a importância deles. Já o segundo, apresenta as definições de emprego e trabalho. Ao se estabelecer a relação entre os dois textos, evidencia-se que
A)
emprego e trabalho oferecem dignidade e uma boa qualidade de vida ao trabalhador e aos membros de sua família.
B)
emprego e trabalho são definidos como o local onde é exercida a atividade profissional, seja em instituições públicas ou privadas.
C)
emprego e trabalho são ofícios equivalentes, já que ambos promovem cansaço devido ao esforço físico ou intelectual.
D)
o trabalho, no Texto I, não precisa oferecer uma remuneração justa, enquanto que no Texto II ele representa apenas o prazer do labor.
E)
o trabalho, no Texto I, representa um ofício, uma ocupação digna, enquanto que no Texto II representa apenas a sobrevivência.

  1. INCORRETA. No primeiro, texto o trabalho se refere ao único modo do trabalhador alcançar a dignidade, a valorização e a identidade, enquanto que o emprego tem a única função de sobrevivência.
  2. INCORRETA. O trecho da Música de trabalho apresenta uma reflexão sobre as diferenças entre trabalho e emprego e o impacto delas no trabalhador. Somente nas definições, trabalho e emprego são abordados como local em que a ocupação profissional é exercida.
  3. INCORRETA. Nos dois textos, são expressas as diferenças entre emprego e trabalho. Além disso, a letra afirma que o que cansa de verdade não é o emprego miserável, mas sim o ofício que seria o trabalho.
  4. INCORRETA. Em Música de trabalho, há justamente uma crítica à má remuneração, as definições não abordam o trabalho ou o emprego como geradores de prazer ao trabalhador.
  5. * CORRETA. Na letra, o trabalho é definido como um ofício, uma ocupação, enquanto que, na definição do dicionário, ele é definido como o emprego de força física ou intelectual para exercer uma atividade e que o emprego seria uma ocupação, um ofício.

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QUESTÃO 1490694      STATUS: Conferido     23971     Nº:LAMARELO110/2012
Nível:  EnemDisciplina:  Linguagens, Códigos e suas TecnologiasDificuldade: 
Enem - Eixo:  0 - HabilidadeTema:  0 - Não há
Subtema:  Não temTópico:  7 - Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas.
Habilidade:  H21 - Reconhecer, em textos de diferentes gêneros, recursos verbais e não verbais utilizados com a finalidade de criar e mudar comportamentos e hábitos.Detalhamento:  H21 - Reconhecer, em textos de diferentes gêneros, recursos verbais e não verbais utilizados com a finalidade de criar e mudar comportamentos e hábitos.
Adaptado: Enem, 2012
 
          E como manejava bem os cordéis de seus títeres, ou ele mesmo, títere voluntário e consciente, como entregava o braço, as pernas, a cabeça, o tronco, como se desfazia de suas articulações e de seus reflexos quando achava nisso conveniência. Também ele soubera apoderar-se dessa arte, mais artifício, toda feita de sutilezas e grosserias, de expectativa e oportunidade, de insolência e submissão, de silêncios e rompantes, de anulação e prepotência. Conhecia a palavra exata para o momento preciso, a frase picante ou obscena no ambiente adequado, o tom humilde diante do superior útil, o grosseiro diante do inferior, o arrogante quando o poderoso em nada o podia prejudicar. Sabia desfazer situações equívocas, e armar intrigas das quais se saía sempre bem, e sabia, por experiência própria, que a fortuna se ganha com uma frase, num dado momento, que este momento único, irrecuperável, irreversível, exige um estado de alerta para a sua apropriação.

RAWET, S. O aprendizado. In: Diálogo. Rio de Janeiro: GRD, 1963 (fragmento).

No conto, o autor retrata criticamente a habilidade do personagem no manejo de discursos diferentes segundo a posição do interlocutor na sociedade. A crítica à conduta do personagem está centrada
A)
na imagem do títere ou fantoche em que o personagem acaba por se transformar, acreditando dominar os jogos de poder na linguagem.
B)
na alusão à falta de articulações e reflexos do personagem, dando a entender que ele não possui o manejo dos jogos discursivos em todas as situações.
C)
no comentário, feito em tom de censura pelo autor, sobre as frases obscenas que o personagem emite em determinados ambientes sociais.
D)
nas expressões que mostram tons opostos nos discursos empregados aleatoriamente pelo personagem em conversas com interlocutores variados.
E)
no falso elogio à originalidade atribuída a esse personagem, responsável por seu sucesso no aprendizado das regras de linguagem da sociedade.

  1. * No conto, o personagem apresenta a habilidade de adaptar-se linguisticamente às situações. Essa habilidade é usada em benefícios próprios. O autor parece elogiar tal habilidade, no entanto, critica a conduta do personagem. A opção A confirma essa posição do autor, pois além de confirmar esse falso elogio à personagem, informa que seu sucesso é devido ao aprendizado das regras de linguagem da sociedade.

    Disponível em: http://educacao.globo.com/provas/enem-2012/questoes/101.html. Acesso em: 16 jul. 2015.
  2. Não indicado.
  3. Não indicado.
  4. Não indicado.
  5. Não indicado


comentar questão(não obrigatório)
QUESTÃO 1490732      STATUS: Conferido     23971     Nº:LAMARELO126/2013
Nível:  EnemDisciplina:  Linguagens, Códigos e suas TecnologiasDificuldade: 
Enem - Eixo:  0 - HabilidadeTema:  0 - Não há
Subtema:  Não temTópico:  9 - Entender os princípios, a natureza, a função e o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na sua vida pessoal e social, no desenvolvimento do conhecimento, associando-os aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhes dão suporte, às demais tecnologias, aos processos de produção e aos problemas que se propõem solucionar.
Habilidade:  H30 - Relacionar as tecnologias da comunicação e informação ao desenvolvimento das sociedades e ao conhecimento que elas produzem.Detalhamento:  H30 - Relacionar as tecnologias da comunicação e informação ao desenvolvimento das sociedades e ao conhecimento que elas produzem.
Adaptado: Enem, 2013
 
Dúvida

          Dois compadres viajavam de carro por uma estrada de fazenda quando um bicho cruzou a frente do carro. Um dos compadres falou:
          — Passou um largato ali!
          O outro perguntou:
          — Lagarto ou largato?
          O primeiro respondeu:
          — Num sei não, o bicho passou muito rápido.

Piadas coloridas. Rio de Janeiro: Gênero, 2006.

Na piada, a quebra de expectativa contribui para produzir o efeito de humor. Esse efeito ocorre porque um dos personagens
A)reconhece a espécie do animal avistado.
B)tem dúvida sobre a pronúncia do nome do réptil.
C)desconsidera o conteúdo linguístico da pergunta.
D)constata o fato de um bicho cruzar a frente do carro.
E)apresenta duas possibilidades de sentido para a mesma palavra.

  1. Não indicado.
  2. Não indicado.
  3. * O efeito de humor dessa piada é causado pela quebra de expectativa proveniente do não entendimento de um dos personagens sobre a dúvida do outro, que tinha cunho linguístico, isto é, sobre a pronúncia correta da palavra lagarto. O humor reside justamente no fato de um dos personagens achar que existem dois animais diferentes, um lagarto e outro largato.

    Disponível em: http://www.vestibular1.com.br/resultados/provas_enem.htm. Acesso em: 16 jul. 2015.
  4. Não indicado.
  5. Não indicado.


comentar questão(não obrigatório)
QUESTÃO 1490692      STATUS: Conferido     23971     Nº:LAMARELO113/2012
Nível:  EnemDisciplina:  Linguagens, Códigos e suas TecnologiasDificuldade: 
Enem - Eixo:  0 - HabilidadeTema:  0 - Não há
Subtema:  Não temTópico:  3 - Compreender e usar a linguagem corporal como relevante para a própria vida, integradora social e formadora da identidade.
Habilidade:  H9 - Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de necessidades cotidianas de um grupo social.Detalhamento:  H9 - Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de necessidades cotidianas de um grupo social.
Adaptado: Enem, 2012
 
Aqui é o país do futebol

Brasil está vazio na tarde de domingo, né?
Olha o sambão, aqui é o país do futebol
[...]
No fundo desse país
Ao longo das avenidas
Nos campos de terra e grama
Brasil só é futebol
Nesses noventa minutos
De emoção e alegria
Esqueço a casa e o trabalho
A vida fica lá fora
Dinheiro fica lá fora
A cama fica lá fora
A mesa fica lá fora
Salário fica lá fora
A fome fica lá fora
A comida fica lá fora
A vida fica lá fora
E tudo fica lá fora

SIMONAL, W. Aqui é o país do futebol. Disponível em: www.vagalume.com.br. Acesso em: 27 out. 2011 (fragmento).

Na letra da canção Aqui é o país do futebol, de Wilson Simonal, o futebol, como elemento da cultura corporal de movimento e expressão da tradição nacional, é apresentado de forma crítica e emancipada devido ao fato de
A)reforçar a relação entre o esporte futebol e o samba.
B)ser apresentado como uma atividade de lazer.
C)ser identificado com a alegria da população brasileira.
D)promover a reflexão sobre a alienação provocada pelo futebol.
E)ser associado ao desenvolvimento do país.

  1. Não indicado.
  2. Não indicado.
  3. Não indicado.
  4. * Segundo o autor, todos os problemas da vida são esquecidos durante uma partida de futebol. Sua intenção é provocar uma reflexão sobre essa alienação ocorrida no momento do jogo, para isso, faz uso da ironia para expressar essa condição. A opção D afirma essa proposta.

    Disponível em: http://educacao.globo.com/provas/enem-2012/questoes/115.html. Acesso em: 16 jul. 2015.
  5. Não indicado


comentar questão(não obrigatório)
QUESTÃO 1490658      STATUS: Conferido     23971     Nº:BAS014
Nível:  EnemDisciplina:  Linguagens, Códigos e suas TecnologiasDificuldade:  3
CBC1 - Eixo:  I - Compreensão e Produção de TextosTema:  1 - Gêneros
Subtema:  Não temTópico:  6 - Vozes do discurso
Habilidade:  6.0 - Reconhecer e usar estratégias de enunciação na compreensão e na produção de textos, produtiva e autonomamente.Detalhamento:  6.12 - Reconhecer, em um texto, efeitos de sentido decorrentes: -do domínio de determinado posiciona mento enunciativo; - da desconstrução de posicionamento(s) enunciativo(s); - do diálogo entre diferentes posicionamen tos enunciativos.
Enem - Eixo:  0 - HabilidadeTema:  0 - Não há
Subtema:  Não temTópico:  1 - Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida.
Habilidade:  H4 - Reconhecer posições críticas aos usos sociais que são feitos das linguagens e dos sistemas de comunicação e informação.Detalhamento:  H4 - Reconhecer posições críticas aos usos sociais que são feitos das linguagens e dos sistemas de comunicação e informação.
Enem - Eixo:  0 - Objeto de ConhecimentoTema:  0 - Não Há
Subtema:  Não temTópico:  0 - Não Há
Habilidade:  1.4 - Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social, concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos.Detalhamento:  1.4.7 - Articulações entre os recursos expressivos e estruturais do texto literário e o processo social relacionado ao momento de sua produção.
Adaptado: IA, 2015
 
          Este fragmento, extraído do conto A hora e a vez de Augusto Matraga, descreve um chefe de jagunços e o momento em que seu bando chega ao arraial onde vive o personagem principal da narrativa, Nhô Augusto.

          O bando desfilou em formação espaçada, o chefe no meio. E o chefe — o mais forte e o mais alto de todos, com um lenço azul enrolado no chapéu de couro, com dentes brancos limados em acume, de olhar dominador e tosse rosnada, mas sorriso bonito e mansinho de moça — era o homem mais afamado dos dois sertões: célebre do Jequitinhonha à Serra das Araras, da beira do Jequitaí à barra do Verde Grande, do Rio Gavião até nos Montes Claros, de Carinhanha até Paracatu; maior do que Antônio Dó ou Indalécio; o arranca-toco, o treme-terra, o come-brasa, o pega-à-unha, o fecha-treta, o tira-prosa, o parte-ferro, o rompe-racha, o rompe-e-arrasa: Seu Joãozinho Bem-Bem.

ROSA, J. G. Sagarana. 27. ed. RJ: José Olympio, 1983. p. 345-346.

Por meio da descrição do chefe dos jagunços, o narrador desconstrói uma visão do ser humano que é
A)conformista ao desencorajar indivíduos desejosos de viver itinerantes como cangaceiros.
B)ingênua ao acreditar unicamente na existência de homens comprometidos com o bem.
C)segregadora ao impor uma sociedade na qual chefes e subalternos fiquem separados.
D)simplista ao situar a bondade e a maldade dos homens em extremos desvinculados.
E)preconceituosa ao tratar com punições indivíduos que erraram e desejam se retratar.

  1. INCORRETA. Parte alguma da descrição de Seu Joãozinho Bem-Bem se presta a combater uma visão conformista que desencoraja homens a viverem como cangaceiros. Talvez, ao contrário disso, a visão sobre o jagunço é estimuladora, visto se tratar de um homem forte e famoso.
  2. INCORRETA. A visão ingênua do ser humano como alguém unicamente comprometido com o bem não é contestada no fragmento, porque o próprio chefe dos jagunços apresenta características de bondade e maldade.
  3. INCORRETA. A descrição de Seu Joãozinho Bem-Bem não desconstrói uma visão segregadora do ser humano, em que chefes e subalternos vivam separados. Apenas antes de iniciar a descrição do chefe dos jagunços é que essa visão pode ser desconstruída, visto que o bando aparece junto com o chefe.
  4. * CORRETA. Ao descrever o chefe do bando, o narrador destrói a visão simplista que coloca seres humanos bons de um lado e seres humanos maus de outro. Seu Joãozinho Bem-Bem é uma figura ambígua, contraditória, pois é descrito ao mesmo tempo por meio de traços cruéis e delicados: ele é o chefe “mais forte e o mais alto de todos”, mas possui um delicado “lenço azul enrolado no chapéu de couro”; tem “olhar dominador e tosse rosnada, mas sorriso bonito e mansinho de moça” e “dentes brancos limados em acume”; ele é célebre nos dois sertões por sua maldade e adjetivado como “o arranca-toco, o treme-terra, o come-brasa, o pega-à-unha, o fecha-treta, o tira-prosa, o parte-ferro, o rompe-racha, o rompe-e-arrasa”, mas seu nome é Seu Joãozinho Bem-Bem, um delicado diminutivo associado à palavra que simboliza justiça e retidão grafada duas vezes. Desse modo, o enunciador de A hora e a vez de Augusto Matraga desconstrói, nesse fragmento, a ideia reducionista de que bem e mal são atributos humanos apartados um do outro e que não coexistem numa mesma pessoa.
  5. INCORRETA. No excerto selecionado, não se evidencia a desconstrução de uma visão preconceituosa em que tratam-se com punições pessoas que erraram e desejam se retratar. Somente a partir da leitura de outras partes do mesmo conto isso poderia ser apreendido, posto que o protagonista Nhô Augusto era um homem cruel que, após sofrer uma surra e quase morrer, decide se tornar uma pessoa melhor.


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QUESTÃO 1490664      STATUS: Conferido     23971     Nº:TLR019
Nível:  EnemDisciplina:  Linguagens, Códigos e suas TecnologiasDificuldade:  2
CBC2 - Eixo:  III - A literatura brasileira e outras manifestações culturaisTema:  1 - Temas, motivos e estilos na literatura brasileira e em outras manifestações culturais
Subtema:  Não temTópico:  35 - O negro na literatura brasileira
Habilidade:  35.0 - Relacionar formas diferentes de representação do negro a contextos históricos e literários diferentes.Detalhamento:  35.2 - Reconhecer, em textos literários apresentados, conflitos e formas de resistência do negro.
Enem - Eixo:  0 - HabilidadeTema:  0 - Não há
Subtema:  Não temTópico:  5 - Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização e estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção e recepção.
Habilidade:  H17 - Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no patrimônio literário nacional.Detalhamento:  H17 - Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no patrimônio literário nacional.
Enem - Eixo:  0 - Objeto de ConhecimentoTema:  0 - Não Há
Subtema:  Não temTópico:  0 - Não Há
Habilidade:  1.4 - Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social, concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos.Detalhamento:  1.4.1 - Produção literária e processo social.
Adaptado: IA, 2015
 
          O Texto I foi retirado do livro Becos da Memória, de Conceição Evaristo, e o Texto II é um trecho da música intitulada Negro Drama, pertencente ao grupo de rap Racionais MC’s.

TEXTO I
       
          Maria-Nova foi para a escola naquela manhã com má vontade a rondar-lhe o corpo e a mente. Cada vez que tinha de se ausentar da favela, o medo, o susto, a dor agarravam-lhe intensamente.
          Na semana anterior, a matéria estudada em História, fora “A libertação dos Escravos”. Maria-Nova escutou as palavras da professora e leu o texto do livro. A professora já estava acostumada com as perguntas e com as constatações da menina. Esperou. Ela permaneceu quieta e arredia. A mestra perguntou-lhe qual era o motivo de tamanho alheamento naquele dia. Maria-Nova levantou-se dizendo que, sobre escravos e libertação, ela teria para contar muitas vidas. Que tomaria a aula toda e não sabia se era bem isso que a professora queria. Tinha para contar sobre uma senzala que hoje, seus moradores não eram libertos, pois não tinham nenhuma condição de vida. A professora pediu que ela explicasse melhor, que contasse com mais detalhes. Maria-Nova fitou a professora, fitou seus colegas, havia tantos, aliás, alguns eram até amigos. Fitou a única colega negra da sala e lá estava Maria Esmeralda entregue à apatia. Tentou falar. Eram muitas as histórias, nascidas de uma outra História que trazia vários fatos encadeados, consequentes, apesar de muitas vezes distantes no tempo e no espaço.

EVARISTO, C. Becos da memória. Florianópolis: Editora Mulheres, 2013. p. 208-210.

TEXTO II

Negro Drama

Negro Drama
Entre o sucesso e a lama,
Dinheiro, problemas,
Invejas, luxo, fama,

Negro drama,
Cabelo crespo,
E a pele escura,
A ferida a chaga,
A procura da cura,

Negro drama,
Tenta vê,
E não vê nada,
A não ser uma estrela,
Longe meio ofuscada,

O drama da cadeia e favela,
Túmulo, sangue,
Sirenes, choros e velas,

Passageiro do Brasil,
São Paulo,
Agonia que sobrevivem,
Em meia zorra e covardias,
Periferias, vielas, cortiços
 Você deve tá pensando,
O que você tem a ver com isso?
Desde o início,
Por ouro e prata,

Olha quem morre,
Então veja você quem mata,
Recebe o mérito, a farda,
Que pratica o mal,

Me vê pobre, preso ou morto,
Já é cultural.

Disponível em: http://goo.gl/uIwxRB. Acesso em: 5 jun. 2015 (adaptado).
 
Ambos os textos criticam a intensa e injusta desigualdade vivenciada pelos negros ao enfatizarem
A)
a falta de uma boa formação educacional que os impede de conquistar um bom emprego e, por isso, os empurra para o mercado informal.
B)
a intimidação que sofrem por residirem na favela, espaço marcado pela violência policial.
C)
a pobreza como um obstáculo para que frequentem a escola, posto que têm de abandonar os estudos para contribuir com a renda familiar.
D)
as disparidades sociais motivadas por fatores históricos que ainda os afetam e prejudicam.
E)
as precárias condições do sistema carcerário, que se assemelham às condições das senzalas onde viviam os escravos até o século XIX.

  1. INCORRETA. Um dos problemas sociais existentes no Brasil é o desemprego. Uma das causas é a falta de qualificação do trabalhador e/ou a substituição deste pela máquina. Todavia, o Texto I e o Texto II não fazem referência a esse problema e suas implicações para os negros.
  2. INCORRETA. O Texto I e o II aludem à violência presente nas periferias. Maria-Nova, por exemplo, fala sobre “o medo, o susto, a dor” que a agarram quando se ausenta da favela. Já o rap deixa explícito a opressão e a morte dos moradores, nos seguintes versos: “Túmulo, sangue,/ Sirenes, choros e velas”. No entanto, o Texto I não remete à violência policial, diferentemente do Texto II que denuncia esse problema social nos versos: “Então veja você quem mata,/ Recebe o mérito, a farda,/ Que pratica o mal...”.
  3. INCORRETA. O Texto I deixa evidente que há apenas uma aluna negra na sala de aula, “Maria Esmeralda entregue à apatia”. Extrapola-se a leitura interpretar que a quantidade pequena de alunos negros é ocasionada pelo abandono destes, por causa da pobreza. Tal como o Texto II, a evasão escolar não é evidenciada no Texto I.
  4. * CORRETA. No fragmento retirado do livro de Conceição Evaristo há uma crítica à falta de condição de vida dos moradores da favela, motivada por um fator histórico: a escravidão. Afirma-se isso a partir dos trechos “uma senzala que hoje, seus moradores não eram libertos...” e “Eram muitas as histórias, nascidas de uma outra História que trazia vários fatos encadeados, consequentes, apesar de muitas vezes distantes no tempo e no espaço”. O rap faz uma denúncia às desigualdades vivenciadas pelos negros, problemas sociais motivados pelo processo de colonização do Brasil, em que os brancos escravizaram índios e negros “desde o início/ por ouro e prata”. Por isso, ambos os textos enfatizam as desigualdades injustas que ainda afetam os negros em função de fatores históricos.
  5. INCORRETA. No Texto I, a favela é comparada à senzala, não aos presídios brasileiros, que sequer foram citados no fragmento. No Texto II, há uma crítica incisiva ao fato de alguns negros sofrerem o drama de serem presos por causa de sua cor e condição social.


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QUESTÃO 1490688      STATUS: Conferido     23971     Nº:LAMARELO97/2012
Nível:  EnemDisciplina:  Linguagens, Códigos e suas TecnologiasDificuldade: 
Enem - Eixo:  0 - HabilidadeTema:  0 - Não há
Subtema:  Não temTópico:  9 - Entender os princípios, a natureza, a função e o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na sua vida pessoal e social, no desenvolvimento do conhecimento, associando-os aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhes dão suporte, às demais tecnologias, aos processos de produção e aos problemas que se propõem solucionar.
Habilidade:  H30 - Relacionar as tecnologias da comunicação e informação ao desenvolvimento das sociedades e ao conhecimento que elas produzem.Detalhamento:  H30 - Relacionar as tecnologias da comunicação e informação ao desenvolvimento das sociedades e ao conhecimento que elas produzem.
Adaptado: Enem, 2012
 
          Com o texto eletrônico, enfim, parece estar ao alcance de nossos olhos e de nossas mãos um sonho muito antigo da humanidade, que se poderia resumir em duas palavras, universalidade e interatividade.
          As luzes, que pensavam que Gutenberg tinha propiciado aos homens uma promessa universal, cultivavam um modo de utopia. Elas imaginavam poder, a partir das práticas privadas de cada um, construir um espaço de intercâmbio crítico das ideias e opiniões. O sonho de Kant era que cada um fosse ao mesmo tempo leitor e autor, que emitisse juízos sobre as instituições de seu tempo, quaisquer que elas fossem e que, ao mesmo tempo, pudesse refletir sobre o juízo emitido pelos outros. Aquilo que outrora só era permitido pela comunicação manuscrita ou a circulação dos impressos encontra hoje um suporte poderoso com o texto eletrônico.

CHARTIER, R. A aventura do livro: do leitor ao navegador. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo; Unesp, 1998.

No trecho apresentado, o sociólogo Roger Chartier caracteriza o texto eletrônico como um poderoso suporte que coloca ao alcance da humanidade o antigo sonho de universalidade e interatividade, uma vez que cada um passa a ser, nesse espaço de interação social, leitor e autor ao mesmo tempo. A universalidade e a interatividade que o texto eletrônico possibilita estão diretamente relacionadas à função social da internet de
A)propiciar o livre e imediato acesso às informações e ao intercâmbio de julgamentos.
B)globalizar a rede de informações e democratizar o acesso aos saberes.
C)expandir as relações interpessoais e dar visibilidade aos interesses pessoais.
D)propiciar entretenimento e acesso a produtos e serviços.
E)expandir os canais de publicidade e o espaço mercadológico.

  1. * Como mostra a opção A, a função social da internet é de propiciar o livre e imediato acesso às informações e ao intercâmbio de julgamentos. Confirmada, ainda, no texto em que cita o desejo de Kant "em que cada um fosse ao mesmo tempo leitor e autor, que emitisse juízos sobre as instituições de seu tempo..."

    Disponível em: http://educacao.globo.com/provas/enem-2012/questoes/104.html. Acesso em: 16 jul. 2015.
  2. Não indicado.
  3. Não indicado.
  4. Não indicado.
  5. Não indicado.

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QUESTÃO 1490686      STATUS: Conferido     23971     Nº:LAMARELO96/2012
Nível:  EnemDisciplina:  Linguagens, Códigos e suas TecnologiasDificuldade: 
Enem - Eixo:  0 - HabilidadeTema:  0 - Não há
Subtema:  Não temTópico:  9 - Entender os princípios, a natureza, a função e o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na sua vida pessoal e social, no desenvolvimento do conhecimento, associando-os aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhes dão suporte, às demais tecnologias, aos processos de produção e aos problemas que se propõem solucionar.
Habilidade:  H28 - Reconhecer a função e o impacto social das diferentes tecnologias da comunicação e informação.Detalhamento:  H28 - Reconhecer a função e o impacto social das diferentes tecnologias da comunicação e informação.
Adaptado: Enem, 2012
 

Disponível em: www.ivancabral.com. Acesso em: 27 fev. 2012.

O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação de informações visuais e recursos linguísticos. No contexto da ilustração, a frase proferida recorre à
A)
polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede social” para transmitir a ideia que pretende veicular.
B)
ironia para conferir um novo significado ao termo “outra coisa”.
C)
homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da população pobre e o espaço da população rica.
D)
personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico.
E)
antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a rede caseira de descanso da família.

  1. * A charge utiliza-se de recursos visuais e linguísticos para gerar efeito de sentido. Nesse caso, a charge trabalha com os dois sentidos da palavra "rede". Temos aí, um caso de polissemia, porque trabalha-se com a variedade de sentidos de uma mesma palavra. Confirmada pela opção A em que a expressão "rede social" foi utilizada em múltiplos sentidos para expressar a ideia pretendida pelo autor.

    Disponível em: http://educacao.globo.com/provas/enem-2012/questoes/103.html. Acesso em: 16 jul. 2015.
  2. Não indicado.
  3. Não indicado.
  4. Não indicado.
  5. Não indicado.

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QUESTÃO 1490672      STATUS: Conferido     23971     Nº:RMA068
Nível:  EnemDisciplina:  Linguagens, Códigos e suas TecnologiasDificuldade:  2
CBC1 - Eixo:  I - Compreensão e Produção de TextosTema:  1 - Gêneros
Subtema:  Não temTópico:  6 - Vozes do discurso
Habilidade:  6.0 - Reconhecer e usar estratégias de enunciação na compreensão e na produção de textos, produtiva e autonomamente.Detalhamento:  6.9 - Reconhecer e usar focos enunciativos (pontos de vista) adequados aos efeitos de sentido pretendidos.
Enem - Eixo:  0 - HabilidadeTema:  0 - Não há
Subtema:  Não temTópico:  1 - Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida.
Habilidade:  H3 - Relacionar informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, considerando a função social desses sistemas.Detalhamento:  H3 - Relacionar informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, considerando a função social desses sistemas.
Enem - Eixo:  0 - Objeto de ConhecimentoTema:  0 - Não Há
Subtema:  Não temTópico:  0 - Não Há
Habilidade:  1.1 - Estudo do texto: as sequências discursivas e os gêneros textuais no sistema de comunicação e informação.Detalhamento:  1.1.2 - Atividades de produção escrita e de leitura de textos gerados nas diferentes esferas sociais - públicas e privadas.
Adaptado: IA, 2015
 
Redução da maioridade penal divide opiniões no Tocantins

          Um dos assuntos mais discutidos no Brasil tem dividido opiniões entre especialistas no Tocantins. O assunto está em discussão no Congresso Nacional. Uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) já recebeu autorização para tramitar e será analisada por uma comissão especial da Câmara. Se aprovado, o texto ainda terá de passar pelo plenário da Câmara e pelo Senado. O objetivo do projeto é reduzir de 18 para 16 anos a idade mínima para a responsabilização penal.
          No ano passado, 2,3 mil crimes foram cometidos no Tocantins por menores com idades entre 12 e 17 anos. Foram 44 homicídios dolosos, quando há intenção de matar, 54 tentativas de homicídio, 499 ameaças, 49 estupros, 311 roubos, 452 ocorrências por tráfico de drogas e 346 adolescentes apreendidos por posse ou uso de drogas.
          O Estatuto da Criança e do Adolescente não permite que os menores infratores sejam punidos como adultos. Independentemente dos crimes que eles cometam, as penas mais severas são prestação de serviços à comunidade ou internação nos Centros de Atendimento Sócio-Educativo (Case). Quando eles vão para essas unidades, ficam por até três anos ou até completarem 21 anos. Depois desse prazo, são liberados e os crimes não ficam registrados nos antecedentes.

Disponível em: http://goo.gl/ac1WAL. Acesso em: 22 mai. 2015 (adaptado).
 
O texto apresentado discorre sobre a temática da diminuição da maioridade penal, valendo-se principalmente
A)da apresentação de dados que polemizam a questão e suas consequências.
B)da exposição de argumentos favoráveis e contrários à emenda constitucional.
C)da imposição de argumentos para induzir o leitor a ser favorável à redução.
D)do número significativo de assassinatos cometidos por adolescentes no Brasil.
E)do posicionamento defensor da redução por causa da situação no Tocantins.

  1. * CORRETA. Para fazer uma breve discussão sobre essa questão, o texto, nos dois últimos parágrafos, expõe fatos contrários que causam polêmica sobre a questão da maioridade penal.
  2. INCORRETA. O texto não explicita argumentos em relação à emenda constitucional, apenas constata fatos que são enunciados no segundo e no terceiro parágrafos.
  3. INCORRETA. O caráter do texto não é o de incitar o público a ser favorável à diminuição da maioridade penal, mas sim de fazer com que ele tenha embasamentos para se posicionar de alguma forma.
  4. INCORRETA. A redução da maioridade penal no Brasil não valerá apenas para crimes que têm como consequência o assassinato das vítimas, mas sim todo e qualquer crime cometido por adolescente de 16 anos ou mais. O texto exemplifica os números de homicídios para embasar a questão.
  5. INCORRETA. A matéria jornalística somente cita dados do Tocantins, mas não se posiciona a favor da redução em decorrência da situação nesse estado. 


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QUESTÃO 1490708      STATUS: Conferido     23971     Nº:LROSA132/2011
Nível:  EnemDisciplina:  Linguagens, Códigos e suas TecnologiasDificuldade: 
Enem - Eixo:  0 - HabilidadeTema:  0 - Não há
Subtema:  Não temTópico:  8 - Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade.
Habilidade:  H27 - Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comunicação.Detalhamento:  H27 - Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comunicação.
Adaptado: Enem, 2011
 

VERÍSSIMO, L.F. As cobras em: Se Deus existe que eu seja atingido por um raio.
Porto Alegre: L&PM, 1997.

O humor da tira decorre da reação de uma das cobras com relação ao uso de pronome pessoal reto, em vez de pronome oblíquo. De acordo com a norma padrão da língua, esse uso é inadequado, pois
A)contraria o uso previsto para o registro oral da língua.
B)contraria a marcação das funções sintáticas de sujeito e objeto.
C)gera inadequação na concordância com o verbo.
D)gera a ambiguidade na leitura do texto.
E)apresenta dupla marcação de sujeito.

  1. Não indicado.
  2. * De acordo com a norma culta da Língua Portuguesa, os pronomes pessoais do caso reto são empregados na função de sujeito e, na tirinha, “eles” seria objeto direto do verbo “arrasar”, sendo, portanto, adequado o uso do pronome oblíquo átono “os” (arrasá-los).

    Disponível em: http://www.vestibular1.com.br/resultados/provas_enem.htm. Acesso em: 16 jul. 2015.
  3. Não indicado.
  4. Não indicado.
  5. Não indicado.

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QUESTÃO 1490660      STATUS: Conferido     23971     Nº:FCP025
Nível:  EnemDisciplina:  Linguagens, Códigos e suas TecnologiasDificuldade:  2
CBC1 - Eixo:  I - Compreensão e Produção de TextosTema:  1 - Gêneros
Subtema:  Não temTópico:  3 - Organização temática
Habilidade:  3.0 - Construir coerência temática na compreensão e na produção de textos, produtiva e autonomamente.Detalhamento:  3.5 - Inferir informações (dados, fatos, argumentos, conclusões...) implícitas em um texto.
Enem - Eixo:  0 - HabilidadeTema:  0 - Não há
Subtema:  Não temTópico:  7 - Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas.
Habilidade:  H23 - Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu público-alvo, pela análise dos procedimentos argumentativos utilizados.Detalhamento:  H23 - Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu público-alvo, pela análise dos procedimentos argumentativos utilizados.
Enem - Eixo:  0 - Objeto de ConhecimentoTema:  0 - Não Há
Subtema:  Não temTópico:  0 - Não Há
Habilidade:  1.6 - Estudo do texto argumentativo, seus gêneros e recursos linguísticos: argumentação: tipo, gêneros e usos em língua portuguesaDetalhamento:  1.6.3 - Papéis sociais e comunicativos dos interlocutores, relação entre usos e propósitos comunicativos, função sociocomunicativa do gênero, aspectos da dimensão espaçotemporal em que se produz o texto.
Adaptado: IA, 2015
 
          Algumas pessoas dizem que a eliminação da noção de erro dará a entender que, em termos de língua, vale tudo. Não é bem assim. Na verdade, em termos de língua, tudo vale alguma coisa, mas esse valor vai depender de uma série de fatores. Falar gíria vale? Claro que vale: no lugar certo, no contexto adequado, com as pessoas certas, e mesmo no lugar errado, no contexto errado e com as pessoas erradas, se a intenção do falante for precisamente se contrapor à ordem estabelecida, às normas sociais convencionais. E usar palavrão? A mesma coisa. Usar a língua, tanto na modalidade oral como na escrita, é encontrar o ponto de equilíbrio entre dois eixos: o da adequação e o da aceitabilidade.
BAGNO. M. Preconceito linguístico, o que é, como se faz. São Paulo: Ed. Loyola, 2009, p. 154 (adaptado).
O trecho do livro Preconceito linguístico faz uma reflexão, enfatizando que 
A)
a eficácia da comunicação deve ser priorizada, de modo que tudo é permitido dentro da língua, mas o falante deve fazer as seleções certas tendo em vista a situação comunicativa.
B)
a língua passa por transformações ao longo do tempo, sofrendo mudanças fonéticas e morfológicas e, desse modo, cabe aos falantes adaptarem-se a essas mutações.
C)
o avanço da comunicação tornou adequadas todas as maneiras de expressão, independente do contexto enunciativo no qual se inserem os falantes.
D)
o surgimento das variedades linguísticas contribuiu para individualizar determinados grupos de falantes, reforçando suas identidades socioculturais.
E)
o uso da língua na modalidade oral aceita as variedades linguísticas, como, por exemplo, as gírias, porém os dialetos não-padrão devem ser evitados na modalidade escrita.

  1. * CORRETA. Segundo o texto, o falante deve adequar sua linguagem ao contexto comunicativo ou mesmo expressar sua intenção ao optar por certa linguagem. Desse modo, a eficácia da interação deve ser priorizada com base na adequação linguística do interlocutor à situação de uso da língua em que se insere.
  2. INCORRETA. O texto não enuncia mudanças específicas que a língua sofre, como mudanças morfológicas e fonéticas.
  3. INCORRETA. A questão dos avanços observados na comunicação não entra em pauta no texto; ele, sim, afirma que a forma de se expressar deve estar adequada à situação de interação.
  4. INCORRETA. As variedades linguísticas podem determinar certos grupos, porém essas variedades não são tão restritas a eles, podendo ser compreendidas por outros grupos de pessoas. Além disso, essa questão não vem à tona no fragmento extraído de Preconceito linguístico.
  5. INCORRETA. O texto não afirma que a modalidade oral da língua aceita variação linguística e a escrita não, mas afirma que, tanto na modalidade oral, quanto na escrita, o falante deve adequar sua linguagem ao contexto comunicativo.

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QUESTÃO 1490684      STATUS: Conferido     23971     Nº:CA004
Nível:  EnemDisciplina:  Linguagens, Códigos e suas TecnologiasDificuldade:  3
CBC1 - Eixo:  I - Compreensão e Produção de TextosTema:  1 - Gêneros
Subtema:  Não temTópico:  3 - Organização temática
Habilidade:  3.0 - Construir coerência temática na compreensão e na produção de textos, produtiva e autonomamente.Detalhamento:  3.10 - Comparar textos que falem de um mesmo tema quanto ao tratamento desse tema.
Enem - Eixo:  0 - HabilidadeTema:  0 - Não há
Subtema:  Não temTópico:  6 - Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação.
Habilidade:  H19 - Analisar a função da linguagem predominante nos textos em situações específicas de interlocução.Detalhamento:  H19 - Analisar a função da linguagem predominante nos textos em situações específicas de interlocução.
Enem - Eixo:  0 - Objeto de ConhecimentoTema:  0 - Não Há
Subtema:  Não temTópico:  0 - Não Há
Habilidade:  1.5 - Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos.Detalhamento:  1.5.1 - Organização da macroestrutura semântica e a articulação entre idéias e proposições (relações lógicosemânticas).
Adaptado: IA, 2015
 
TEXTO I


A mulher segundo as propagandas. Disponível em: http://goo.gl/DwN6xK. Acesso em: 3 jul. 2015.

TEXTO II

          Em comerciais de televisão, produtos e marcas, a mulher é tratada como brinde, imbecil ou hipersexualizada.

          Todo mundo já sabe: em comerciais de cerveja, estará sempre muito calor e as mulheres vestirão um biquíni fio dental nos corpos belíssimos. Corpos esses sem língua, diga-se, porque elas nunca falam nada. Quer vender detergente, sabão em pó ou qualquer outro produto de limpeza? Direcione as propagandas para mulheres, porque elas ainda não saíram da cozinha.
          Vemos isso o tempo todo, tomamos como verdade absoluta, e nem ligamos muito para a representação da mulher nos comerciais. Fúteis, vazias, competitivas com outras mulheres, rainhas do lar, vaidosas em nível tóxico. "É só propaganda", diriam alguns. Alguns muitos. Outros vários diriam que quem vê problema nessa má representação da mulher está com "falta do que fazer". "Vai lavar uma louça", os engraçadinhos do Twitter responderiam. Na verdade, o sistema é esse, feroz, que se retroalimenta dos pensamentos da sociedade. As propagandas são ruins porque o público alvo é ruim, ou é o contrário? Difícil dizer.

LAPA, N. A representação da mulher na mídia e em produtos. http://goo.gl/uyBGC9. Acesso em: 3 jul. 2015 (adaptado).

Tanto no quadrinho quanto no artigo de opinião, é retratado o olhar da sociedade sobre as mulheres através das propagandas. Apesar de serem de gêneros diferentes, ambos os textos tratam do mesmo tema e, ao relacioná-los, percebe-se que
A)
no Texto II é possível compreender a crítica abordada, pois ele apresenta argumentos sólidos que comprovam o ponto de vista defendido, enquanto que o Texto I visa fazer uma sátira sobre a mulher.
B)
no Texto II apenas o texto verbal é suficiente para compreender a crítica sobre o tema abordado, sendo que o Texto I é uma ilustração e traz poucos acréscimos à interpretação do texto.
C)
o objetivo do Texto I é realizar apontamentos, por meio de imagens, sobre a representação da mulher nas propagandas e o Texto II constrói uma crítica mais efetiva sobre o tema retratado.
D)
o Texto I obtém êxito em sua crítica, principalmente por se valer de humor e ironia, que se fazem notar nas imagens, e o Texto II consegue verbalizá-la trazendo problematizações pertinentes.
E)
o Texto II aborda o tema de maneira superficial, tendo como diferença em relação ao Texto I o fato de este contar com um apelo visual maior, facilitando o entendimento do que é criticado.

  1. INCORRETA. Ambos os textos são expressões da opinião de seus produtores. Sendo assim, ambos são textos subjetivos que não apresentam argumentos que comprovem o que está sendo dito.
  2. INCORRETA. Nas histórias em quadrinhos, tanto a linguagem verbal, quanto a não-verbal são elementos importantes para a compreensão do conteúdo. Se não houvesse as legendas no Texto I, não seria possível identificar a crítica sobre como a mulher é representada nas propagandas.
  3. INCORRETA. Em ambos os textos tem-se uma crítica sobre a representação da mulher nas propagandas, porém, as imagens do Texto I promovem o humor, além de expressarem a crítica.
  4. * CORRETA. No Texto I, a interação da linguagem verbal com a não-verbal expressa a crítica, principalmente, as imagens engraçadas, que mostram a mulher sempre feliz e realizada. Já o Texto II leva o leitor à reflexão através de questionamentos sobre o tema.
  5. INCORRETA. Apesar de a linguagem não-verbal auxiliar na interpretação da crítica sobre a representação da mulher nas propagandas, os dois textos apresentam uma visão superficial do tema, por serem textos que expressam a opinião dos autores.


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QUESTÃO 1490652      STATUS: Conferido - NALY E IGOR     23971     Nº:FCP020
Nível:  EnemDisciplina:  Linguagens, Códigos e suas TecnologiasDificuldade:  2
CBC1 - Eixo:  I - Compreensão e Produção de TextosTema:  1 - Gêneros
Subtema:  Não temTópico:  6 - Vozes do discurso
Habilidade:  6.0 - Reconhecer e usar estratégias de enunciação na compreensão e na produção de textos, produtiva e autonomamente.Detalhamento:  6.8 - Identificar tipos de discurso ou de sequências discursivas usadas pelos locutores em um texto e seus efeitos de sentido.
Enem - Eixo:  0 - HabilidadeTema:  0 - Não há
Subtema:  Não temTópico:  7 - Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas.
Habilidade:  H22 - Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos linguísticos.Detalhamento:  H22 - Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos linguísticos.
Enem - Eixo:  0 - Objeto de ConhecimentoTema:  0 - Não Há
Subtema:  Não temTópico:  0 - Não Há
Habilidade:  1.6 - Estudo do texto argumentativo, seus gêneros e recursos linguísticos: argumentação: tipo, gêneros e usos em língua portuguesaDetalhamento:  1.6.2 - Organização e progressão textual.
Adaptado: IA, 2015
 
Receita de Herói
Reinaldo Ferreira
 
Tome-se um homem feito de nada
Como nós, em tamanho natural

Embeba-se-lhe a carne
Lentamente
De uma certeza aguda, irracional
Intensa como o ódio ou como a
fome.

Depois, perto do fim
Agite-se um pendão
E toque-se um clarim.

Serve-se morto
Disponível em: http://revistalingua.com.br/textos/74/formas-que-se-encaixam-249257-1.asp. Acesso em: 5 mai. 2015.

O recurso linguístico que marca majoritariamente esse poema é
A)
a apropriação de estruturas próprias do gênero textual “receita culinária”, evidenciadas principalmente através de sequencias discursivas instrucionais.
B)
a legitimação de usos pouco comuns na língua portuguesa, aferida uma vez que a voz poética conjuga os verbos  na segunda pessoa do modo imperativo.
C)
a versificação rigorosa através do emprego de versos decassílabos, metrificação muito utilizada em formas poéticas fixas, especialmente nos sonetos.
D)
o resgate da colocação pronominal que caiu em desuso, pois o enunciador se vale, na segunda estrofe, do final do verbo para inserir o pronome “lhe”.
E)
o rompimento com a rigidez da linguagem padrão ao assumir características próprias de dialetos interioranos no intuito de valorizar os falantes da zona rural.

  1. * CORRETA. O uso de verbos na terceira pessoa do modo verbal imperativo e, ainda, de uma sequência temporal comum a receitas culinárias para construir um poema de alto teor metafórico e ideológico constituem-se de um recurso linguístico que marca toda a estrutura do texto. As instruções fornecidas no poema funcionam como um recurso poético capaz de conduzir o leitor a uma visão crítica da corrosão do caráter humano. Assim, é pertinente concluir que esse procedimento de se valer da estrutura de um gênero textual para construir outro foi o que marcou majoritariamente o conteúdo linguístico desse poema.
  2. INCORRETA. Os verbos são conjugados na terceira pessoa do modo imperativo, e não na segunda. Além disso, a escolha da pessoa e do modo verbal por si só seria insuficiente nesse poema para caracterizar um recurso linguístico majoritário.
  3. INCORRETA. Os versos do poema não possuem metrificação, trata-se de versos livres.
  4. INCORRETA. O uso de pronomes ao final dos verbos não caiu em desuso e, mesmo que isso houvesse ocorrido, o poema apresenta apenas uma ocorrência pontual desse uso, não podendo isso ser considerado o recurso linguístico majoritário empregado no texto.
  5.  INCORRETA. A linguagem do poema registra-se conforme a norma-padrão, de maneira que não há atributos de dialetos interioranos. Assim, apesar de ser esse um recurso linguístico muito usado na literatura, o poema não lança mão dele. 

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QUESTÃO 1490704      STATUS: Conferido     23971     Nº:LROSA126/2011
Nível:  EnemDisciplina:  Linguagens, Códigos e suas TecnologiasDificuldade: 
Enem - Eixo:  0 - HabilidadeTema:  0 - Não há
Subtema:  Não temTópico:  7 - Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas.
Habilidade:  H24 - Reconhecer no texto estratégias argumentativas empregadas para o convencimento do público, tais como a intimidação, sedução, comoção, chantagem, entre outras.Detalhamento:  H24 - Reconhecer no texto estratégias argumentativas empregadas para o convencimento do público, tais como a intimidação, sedução, comoção, chantagem, entre outras.
Enem - Eixo:  0 - HabilidadeTema:  0 - Não há
Subtema:  Não temTópico:  8 - Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade.
Habilidade:  H26 - Relacionar as variedades linguísticas a situações específicas de uso social.Detalhamento:  H26 - Relacionar as variedades linguísticas a situações específicas de uso social.
Adaptado: Enem, 2011
 
SE NO INVERNO É DIFÍCIL ACORDAR,
IMAGINE DORMIR.

 
          Com a chegada do inverno, muitas pessoas perdem o sono. São milhões de necessitados que lutam contra a fome e o frio. Para vencer esta batalha, eles precisam de você. Deposite qualquer quantia. Você ajuda milhares de pessoas a terem uma boa noite e dorme com a consciência tranquila. 

Veja. 05 set. 1999 (adaptado).

O produtor de anúncios publicitários utiliza-se de estratégias persuasivas para influenciar o comportamento de seu leitor. Entre os recursos argumentativos mobilizados pelo autor para obter a adesão do público à campanha, destaca-se nesse texto
A)
a oposição entre individual e coletivo, trazendo um ideário populista para o anúncio.
B)
a utilização de tratamento informal com o leitor, o que suaviza a seriedade do problema.
C)
o emprego de linguagem figurada, o que desvia a atenção da população do apelo financeiro.
D)
o uso dos numerais “milhares” e “milhões”, responsável pela supervalorização das condições dos necessitados.
E)
o jogo de palavras entre "acordar" e "dormir", o que relativiza o problema do leitor em relação ao dos necessitados.

  1. Não indicado.
  2. Não indicado.
  3. Não indicado.
  4. Não indicado.
  5. * É  comum  a  queixa  dos  brasileiros  de  que  é  difícil acordar no inverno. Ao fazer uso desse lugar-comum, aliado ao jogo de palavras entre “acordar” e “dormir”,  o  autor  da  mensagem  publicitária  sugere  a comparação do pequeno problema dos leitores com os enormes problemas das pessoas carentes. Esse contraste sensibiliza o leitor a contribuir financeiramente com a campanha em questão.

    Disponível em: http://www.vestibular1.com.br/resultados/provas_enem.htm. Acesso em: 16 jul. 2015. 


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QUESTÃO 1490714      STATUS: Conferido     23971     Nº:LAMAREL103/2014
Nível:  EnemDisciplina:  Linguagens, Códigos e suas TecnologiasDificuldade: 
Enem - Eixo:  0 - HabilidadeTema:  0 - Não há
Subtema:  Não temTópico:  3 - Compreender e usar a linguagem corporal como relevante para a própria vida, integradora social e formadora da identidade.
Habilidade:  H9 - Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de necessidades cotidianas de um grupo social.Detalhamento:  H9 - Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de necessidades cotidianas de um grupo social.
Adaptado: Enem, 2014
 
          O boxe está perdendo cada vez mais espaço para um fenômeno relativamente recente do esporte, o MMA. E o maior evento de Artes Marciais Mistas do planeta é o Ultimate Fighting Championship, ou simplesmente UFC. O ringue, com oito cantos, foi desenhado para deixar os lutadores com mais espaço para as lutas. Os atletas podem usar as mãos e aplicar golpes de jiu-jitsu. Muitos podem falar que a modalidade é uma espécie de vale-tudo, mas isso já ficou no passado: agora, a modalidade tem regras e acompanhamento médico obrigatório para que o esporte apague o estigma negativo.

CORREIA, D. UFC: saiba como o MMA nocauteou o boxe em oito golpes. Veja, 10 jun. 2011 (fragmento).

O processo de modificação das regras do MMA retrata a tendência de redimensionamento de algumas práticas corporais, visando enquadrá-las em um determinado formato. Qual o sentido atribuído a essas transformações incorporadas historicamente ao MMA?
A)
A modificação das regras busca associar valores lúdicos ao MMA, possibilitando a participação de diferentes populações como atividade de lazer.
B)
As transformações do MMA aumentam o grau de violência das lutas, favorecendo a busca de emoções mais fortes tanto aos competidores como ao público.
C)
As mudanças de regras do MMA atendem à necessidade de tornar a modalidade menos violenta, visando sua introdução nas academias de ginástica na dimensão da saúde.
D)
As modificações incorporadas ao MMA têm por finalidade aprimorar as técnicas das diferentes artes marciais, favorecendo o desenvolvimento da modalidade enquanto defesa pessoal.
E)
As transformações do MMA visam delimitar a violência das lutas, preservando a integridade dos atletas e enquadrando a modalidade no formato do esporte de espetáculo.

  1. Não indicado.
  2. Não indicado.
  3. Não indicado.
  4. Não indicado.
  5. * A adoção de regras para o MMA fez, segundo o texto, que a modalidade não mais pudesse ser considerada “uma espécie de vale-tudo”. Daí se depreende que tais regras  “visam  delimitar  a  violência  das  lutas”, preservando os atletas e permitindo que a modalidade ocupe, como espetáculo, o lugar do boxe, mencionado no início.

    Disponível em: http://www.vestibular1.com.br/resultados/provas_enem.html. Acesso em: 16 jul. 2015.