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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Teatro 8º ano- "Deu a louca em Romeu e Julieta"



Lavínia- 8º L Julieta
José Antônio - 8º J - Romeu
Rodrigo- 8º K - Mercúrio
Danielle- 8º L- Mãe de Julieta
Flávio - 8º K - Pai de Julieta


Parabéns, adorei a apresentação!
















Consumismo e produção de lixo.

Texto de Amanda Salete- 8º J
O vapor do progresso
Pessoas enfrentando a correria, em uma casa de família todos trabalham, ninguém encontra tempo para mais nada, até mesmo um segundo não pode ser desperdiçado, que ERA é essa? Bem – vindo ao século XXI.
De longe uma revolução, na qual domina e impera a tecnologia, um mundo cheio de recursos ao alcance de nossas mãos. De perto, a realidade não é tão simples... Pra ser sincera: Chocante!
Todos esqueceram dos bons costumes. Perdeu-se no tempo a velha tradição de se consumir com consciência, compram-se coisas que muitas das vezes não se utilizam, simplesmente, pelo prazer do consumismo.
Seria bom que o tamanho da consciência fosse maior que o desperdício.
É hora de acordar, hoje essa falta de consciência não é mais possível. Temos que mudar nossos hábitos antes que seja tarde, se nós em pleno século XXI já estamos sofrendo com o descaso das gerações passadas, o que restará para as futuras gerações?
Coitado do Antônio!Não existirá mais camada de ozônio.
Coitada da Maria! A caixa d’água está vazia.
Não haverá mais vida, coitada da Cida!
A Terra entrará em extinção, por ignorância do cidadão.


quarta-feira, 22 de outubro de 2014

sábado, 4 de outubro de 2014

Memórias literárias


Parabéns ao aluno Cleiton, 8º ano I, pela dedicação


Bordando minha história com espinhos
“Um por todos e todos por um”, esse era o lema da minha família no lugar onde vivia; uma cidade entre as montanhas de Minas Gerais.
Entre a vida na cidade e na roça ia bordando minha história. Sempre cantando, fazíamos o nosso percurso no carro de boi, cujo barulho nos embalava numa incansável alegria. Nesse ir e vir levávamos a nossa vida...
Papai exigia união e honestidade; na escola a nota de comportamento deveria ser máxima, mas não se preocupava com a nota de aproveitamento nas matérias. Éramos muito religiosos, tínhamos temor a Deus e honra aos pais.
Hoje eu entendo o porquê dos infortúnios, provavelmente, devido ao fato de ter aprendido a bordar com espinhos, um dos entretenimentos ensinados por papai que nos dava folhas de bananeira e espinhos para passarmos horas bordando. Talvez, por isso, conseguia enxergar, beleza nas oposições e isso ajudava a acalentar o meu coração.
As inspirações para o bordado vinham das noites, em que pessoas iam à fazenda contar estórias. Deliciávamos com os causos, hoje eu tenho a sensação de que vivenciei noites ouvindo a “Velha Totonha”, personagem do romance escrito José Lins do Rego, que contava estórias no engenho.
Quando cansávamos de “bordar”, pegávamos os nossos brinquedos, tais como sabugos, tijolos, frutas caídas das árvores, e, não mais plateia, vivenciávamos as histórias. Tamanha era a realidade que chegávamos a sentir a grandeza do pequeno mundo que nos cercava. Os dias eram prazerosos, o calor do momento e do sol eram os holofotes da cena. Tomávamos água na fonte, tocávamos o céu, subindo no galho mais alto da jabuticabeira.
Num segundo ato, mamãe anunciava o almoço, corríamos como se estivéssemos encenando algo parecido com os mosqueteiros, unidos sempre, dividindo tudo, talvez por isso, que aprendemos a partilhar.  Quando sentia sono, mamãe dizia para deitar em qualquer lugar que depois nos levaria para a cama. Amontoávamos, feito bichos cansados, isentos de quaisquer sentimentos corrompidos, um corpo querendo repouso e continuar seu teatro em sonhos.
A vida nos convidava a aventuras e o sono era satisfatório. Tudo era encantado. Rasgávamos palhas para encher colchões e pensávamos estar construindo ninhos; compartilhar e respeitar à vida, como a água transbordante, funcionando a roda que faz o pilão bater e socar o milho. O milho que se transforma em pão, que acompanha o leite, tirado na hora. Tínhamos o pão concreto e o pão abstrato, alimentávamos a nossa alma com sonhos, esperanças e prazeres, tudo gratuito, numa natureza exuberante e aconchegante, por um lado montanha, ao fundo um riacho, que supostamente morava a ‘Pequena Sereia’; no terreiro, árvores frutíferas, e que, provavelmente, em alguma delas escondia ‘Peter Pan’. Os animais faziam parte da rotina e ilustravam o cenário; a sonoplastia natural, com berros, miados, cacarejar, piados, latidos, gritos e risadas. O espírito de união, de colaboração, de amizade nos impulsionava a divertir e seguir vencendo sem medo o que surgisse de inoportuno em nossos caminhos.
E no cenário da vida, onde se muda o tempo e o espaço, minha mãe programava o registro da união familiar, seguiríamos até a cidade, tiraríamos uma foto. Aprontamos. Os cabelos das meninas enfeitados com laços de fita e tudo que tínhamos de melhor. Fomos de carro de boi, só que dessa vez, não poderíamos estragar o figurino, lembro-me que senti até cãibras por não me mexer muito, a fim de não estragar o penteado, fomos cantando, numa alegria de dar gosto... Observava a paisagem que enchia meu coração de ternura; ipês amarelos jogavam flores na estrada; pássaros voavam e cantavam, eram mensageiros da felicidade; animais no pasto nos olhavam; eu me sentia uma princesa. Chegamos. Posicionamos como indicado pelo retratista, meu irmão, mais novo que eu, ao meu lado e minha irmã de dez anos ao lado de meu irmão. O retratista arranja a “caixa” fotográfica e se prepara. Todos quietos e o retratista enfia a cabeça em um pano preto e fala alto, “Olha o tiro!”. Meu irmão saiu correndo e desapareceu, encontramo-lo somente na hora de voltarmos à fazenda e ainda muito assustado. Infelizmente, a foto não foi tirada e até hoje tento não esquecer a feição de minha irmã, que foi morar com Deus pouco tempo depois desse dia.
Vamos sendo aprimorados e com força e fé, enfrentamos os desafios. Novas personagens iam encenando, nos relacionávamos bem com todos, independente de cor, condição social, todos eram iguais, assim da mesma forma que considerávamos os irmãos, considerávamos os amigos.
Meus pais se orgulhavam de nos ver unidos e nos abençoavam. Confiávamos e sabíamos ser bons amigos, não havia maldade, não havia intrigas nem ciúmes, éramos felizes e quem é feliz é manso, prudente, tem compaixão, não é egoísta, ama ao próximo, respeita o universo, respeita a si mesmo e não tem medo.
Após muitos anos de cenas no teatro da vida, ouço minha neta pedir ao seu pai que queria uma casa igual a da vovó, hoje eu entendo que minha casa era um lar e minha vida era doce.


( História de Maria Joana de Rezende Silva Oliveira -Nininha do Diquinho)